sexta-feira, 25 de julho de 2014

Metonímia

Meu pai colocou meu nome num barquinho que comprou,
É miúdo.
Uma insignificância do meio do oceano de vaga vaga .
É reles.

De uma cruel e desleixada vileza.
De uma pequenez quase lírica.

É reles.

Mal cabem nele dois homens e o isopor para pescaria.

Mal cabem dois homens.

Talvez somente ele-solitário- e o isopor.

Mas, como no milagre,
o barco que leva meu nome caminha sobre as águas.


Lívia Natália.

Uma linda poetisa adorei nosso encontro.

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